domingo, 12 de maio de 2013

O crescimento demográfico nos países do Sul

O crescimento demográfico nos países do Sul

Os países menos desenvolvidos (Continente Africano), apresentam uma estrutura etária muito jovem. Estes países combinam elevadas taxas de natalidade com uma esperança de vida reduzida.

Em 2008, o continente africano era o que apresentava o índice sintético de fecundidade mais elevado do planeta. Contudo, os valores mais elevados são atingidos na África Central e Ocidental devido a países como o Níger (7,16 filhos por mulher em idade fértil), a Guiné-Bissau (7,04), Angola (6,4) ou a República Democrática do Congo (6,69). A esperança média de vida do continente também é a mais baixa do mundo, inferior a 55 anos.

  • Na maioria dos países da Ásia Ocidental, Central e em alguns países mais pobres do Sudeste Asiático, o índice sintético de fecundidade ainda é elevado. A esperança média de vida é superior a 60 anos em quase toda a Ásia.

  • Em muitos países em desenvolvimento, a redução concertada da taxa de natalidade e da taxa de mortalidade e o aumento da esperança de vida, sobretudo em resultado da diminuição da taxa de mortalidade infantil, têm reforçado o carácter jovem das estruturas etárias, constituindo obstáculos às políticas de controlo da natalidade.



Nestes países, a estrutura etária muito desequilibrada tem implicações socioeconómicas que se reflectem negativamente, sobretudo:


  • na estrutura profissional, já que a existência de um grupo etário muito jovem reduz consideravelmente a percentagem da população activa;
  • nas necessidades sociais dos grupos etários, pois o peso excessivo do grupo etário dos jovens representa para a economias custos elevados em educação e formação, que países em desenvolvimento se revelam incapazes de garantir;
  • no mercado de trabalho, directamente pela necessidade de criar empregos suficientes para absorver a mão de obra disponível e pelo baixo nível de formação dos novos trabalhadores;
  • nos níveis de consumo, pois em sociedades predominantemente agrícolas  com produtividades do trabalho baixas, as populações jovens são forçadas a emigrar rumo às grandes cidades;
  • nas políticas de controlo da natalidade, já que o peso excessivo do grupo etário dos jovens dificulta a sua aplicação, na medida em que se perspectiva que a futura geração feminina em idade de procriar seja ainda mais numerosa do que a geração actual.


Carolina Silva nº2 12ºC

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