Os países menos desenvolvidos (Continente Africano), apresentam uma estrutura etária muito jovem. Estes países combinam elevadas taxas de natalidade com uma esperança de vida reduzida.
Em 2008, o continente africano era o que apresentava o índice sintético de fecundidade mais elevado do planeta. Contudo, os valores mais elevados são atingidos na África Central e Ocidental devido a países como o Níger (7,16 filhos por mulher em idade fértil), a Guiné-Bissau (7,04), Angola (6,4) ou a República Democrática do Congo (6,69). A esperança média de vida do continente também é a mais baixa do mundo, inferior a 55 anos.
- Na maioria dos países da Ásia Ocidental, Central e em alguns países mais pobres do Sudeste Asiático, o índice sintético de fecundidade ainda é elevado. A esperança média de vida é superior a 60 anos em quase toda a Ásia.
- Em muitos países em desenvolvimento, a redução concertada da taxa de natalidade e da taxa de mortalidade e o aumento da esperança de vida, sobretudo em resultado da diminuição da taxa de mortalidade infantil, têm reforçado o carácter jovem das estruturas etárias, constituindo obstáculos às políticas de controlo da natalidade.
Nestes países, a estrutura etária muito desequilibrada tem implicações socioeconómicas que se reflectem negativamente, sobretudo:
- na estrutura profissional, já que a existência de um grupo etário muito jovem reduz consideravelmente a percentagem da população activa;
- nas necessidades sociais dos grupos etários, pois o peso excessivo do grupo etário dos jovens representa para a economias custos elevados em educação e formação, que países em desenvolvimento se revelam incapazes de garantir;
- no mercado de trabalho, directamente pela necessidade de criar empregos suficientes para absorver a mão de obra disponível e pelo baixo nível de formação dos novos trabalhadores;
- nos níveis de consumo, pois em sociedades predominantemente agrícolas com produtividades do trabalho baixas, as populações jovens são forçadas a emigrar rumo às grandes cidades;
- nas políticas de controlo da natalidade, já que o peso excessivo do grupo etário dos jovens dificulta a sua aplicação, na medida em que se perspectiva que a futura geração feminina em idade de procriar seja ainda mais numerosa do que a geração actual.
Carolina Silva nº2 12ºC
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